Luiz Pedro Faro
Estudou direção polifónica, direcção gregoriana, modalidade gregoriana, canto gregoriano, composição superior, paleografia musical e análise musical. Dedicou-se ao estudo de guitarra clássica, percussão, flauta de bisel, flauta tranversal e vários instrumentos de música antiga. Frequentou cursos de interpretação de música renascentista, música barroca e etnomusicologia africana.
A sua atividade profissional abrange composição, arranjo, orquestração, direcção coral, canto e técnica vocal. Compôs diversas obras para grupos de teatro — A Barraca, Comuna, O Bando, Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos, Teatro Nacional D. Maria II e produções independentes de Cândido Ferreira.
Integrou o Grupo de Acção Cultural (GAC) onde foi director artístico e nessa qualidade foi responsável pelo trabalho coral e vocal e por grande parte dos arranjos das edições discográficas do grupo. Fez arranjos e orquestrações de diversos autores em Portugal e Espanha. Dedicou-se à recolha etnográfica e dirigiu diversos coros — Incrível Almadense (1970-1975), Juventude Musical Portuguesa (1971-1975), Coro do Banco Fomento Nacional (1978), Coro do Grupo Desportivo da IBM (1978), Coro Novos Tempos, Coro Descante, Coro do Banco Pinto e Sotto Mayor, Coro de Lagos (1983), Coro de Portimão (1984), Coro da Universidade Técnica de Lisboa, Cramol, Coro do Bairro 6 de Maio (2004), Coro 'Os Loureiros' (2004-2006). Foi também co-criador e diretor de grupos vocais de câmara, de uma orquestra de câmara e de um grupo de metais.
Na Biblioteca Operária Oeirense, para além de dirigir o Coro ComSonante e desde 2007 o Grupo vocal e instrumental 'À Quinta Voz', dá aulas de Canto e Técnica Vocal, continuando a pesquisar e investigar a fonação e os timbres das vozes femininas nas polifonias tradicionais de Portugal.
Referências
Devemos a Fernando Lopes-Graça e a Michel Giacometti, os textos e gravações onde começámos a estudar a música do nosso povo. A Francisco d'Orey o gosto e a prática da música vocal na Juventude Musical Portuguesa. A Javier Hinojosa e Emilio Pujol o conhecimento das tablaturas instrumentais e a sua utilização para a transcrição da música popular portuguesa. Ao Grupo de Ação Cultural, o conhecimento e apoio decisivos na procura de novos caminhos para a música portuguesa. A Luís Pedro Faro, Pedro Caldeira Cabral, Rui Júnior, Rui Vaz e Júlio Pereira o esclarecimento de algumas dúvidas e a clarificação de determinados procedimentos instrumentais.
Discos do 25 de Abril
Máquinas de cena
Cramol
Textos jornalísticos do 25 de Abril de 1974
Alguns dos discos
Pois Canté
Vira Bom
Ronda da Alegria.